PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA NO LAZER E CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO

Philipe Rodrigues

Resumo


A prática de atividade física tem sido relacionada com melhoria da saúde e qualidade de vida e, cada vez mais profissionais e instituições associam o sedentarismo com a prevalência ou fatores de riscos para diversas doenças. O objetivo deste estudo é analisar a relação entre as condições socioeconômicas e a prática de atividade física no lazer no município do Rio de Janeiro em 871 indivíduos adultos, de 18 a 85 anos, de ambos os sexos. Foi utilizado um questionário autopreenchido com perguntas referentes às características individuais e demográficas, prática de atividade física no lazer e condições socioeconômicas. 36,1% dos indivíduos eram do sexo masculino e 63,9% do sexo feminino, com idade média de 34,47 anos, e 30,1% apresentavam sobrepeso e 22,0% obesidade. 58,2% relataram praticar atividade física no lazer. As variáveis classe econômica, ocorrência de roubos, ocorrência de furtos e o IDHM apresentaram associação significativa com a prática de atividade física no lazer. A prática de atividade física no lazer foi estatisticamente associada com o IDH, sendo mais frequente no grupo de indivíduos que residem em regiões de maior IDH, enquanto nas regiões de menor desenvolvimento humano a frequência de sujeitos fisicamente inativos no lazer é maior. Com exceção do número de registros de ocorrências policiais, todas as demais variáveis foram associadas significativamente com a prática de atividade física no lazer, evidenciando que a prática não é uma simples escolha moral. Assim, uma política de promoção de atividade física deve estar centrada no desenvolvimento humano, considerando os mecanismos pelos quais estes grupos perpetuam suas vulnerabilidades.
Palavras-chave: Atividade física, qualidade de vida, violência

Palavras-chave


Atividade física, qualidade de vida, violência

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