AS TENSÕES DA MANUMISSÃO E DA ABOLIÇÃO NO BRASIL, SÉCULOS XVII-XIX

Ronaldo Teixeira Couto

Resumo


O artigo discute os afastamentos e aproximações existentes na argumentação, entre os séculos XVII e XIX, em legitimar ou justificar a escravidão e outras questões que orbitaram essa temática, tais como a soberania doméstica e o governo dos escravos, tendo como pano de fundo a tradição judaico-cristã e outros níveis de argumentação com conotação jurídica, filosófica, econômico-social e fruto de convenções normativas elaboradas pelos senhores de escravos. Foram utilizadas como obras de referência o pensamento dos padres jesuítas Benci e Vieira, de alguns autores estrangeiros sobre governo de escravos e de letrados e legisladores que debruçaram sobre essa questão. Inferiu-se que o eixo da discussão migrou do plano da salvação espiritual, perpassando pela naturalização das relações históricas, por percepções ideológicas e políticas, numa espécie de “humanismo utilitário”.
Palavras-Chave: manumissão, soberania doméstica, governo de escravos.

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