ESTÉTICA, SATISFAÇÃO CORPORAL E LOCAL DE PRÁTICA DE EXERCÍCIO FÍSICO PODEM AUMENTAR OS SINTOMAS DE DEPRESSÃO EM ESTUDANTES DE EDUCAÇÃO FÍSICA?
Resumo
Embora o exercício físico possa ser utilizado no tratamento da depressão, indivíduos podem procurar a prática do exercício em consequência da insatisfação corporal, uma vez que são pressionados a terem um “corpo ideal”, padronizado pela mídia. Os objetivos do estudo foram analisar as características dos sintomas de depressão em homens e mulheres do curso de educação física praticantes de exercício físico e comparar os indivíduos mediante o local de prática, objetivo estético ou não e o nível de satisfação corporal. A pesquisa foi realizada com 59 estudantes de ambos os gêneros, a partir do quinto período, matriculados em um Centro Universitário, localizado na cidade deBelford Roxo/RJ. Os instrumentos utilizados foram o inventário de Beck e uma anamnese para observação da prática de atividade física. O teste U de Mann-Whitney foi utilizado para comparação da distribuição da pontuação no inventário de Beck, com a amostra dividida pelas variáveis: “local de prática de exercício”, “objetivo estético ou não” e “satisfação corporal”; o nível de significância adotado foi P<0,05.Os resultados apontam que as mulheres tendem a ter um maior grau de depressão leve e os homens um maior grau de depressão moderada. Diferenças significativas (P<0,05) foram observadas, com maiores pontuações entre indivíduos com objetivos estéticos e não satisfeitos com o corpo. Em suma, o ambiente em que se pratica atividade física não demonstrou relação com o nível de depressão; no entanto, a busca pela estética e a insatisfação com o corpo demonstrou maior pontuação no inventário de depressão, sugerindo trabalhos educativos sobre imagem corporal com praticantes de exercícios físicos.
Palavras-chave
Depressão, Exercício físico, Insatisfação corporal