INFLUÊNCIA BRITÂNICA NO IMPÉRIO: AS PRIMEIRAS EXPLORAÇÕES MINERAIS NA BAHIA

Rute Andrade Castro, Cristiane Batista da Silva Santos

Resumo


Este artigo discute como em meio ao Império brasileiro nasceu a urgente necessidade de buscar riquezas minerais escondidas em nosso subsolo. Desde o início do século XIX já temos notícias de investigações sobre as riquezas geológicas, inclusive com a não rara participação estrangeira, mas no Império isto toma ares oficiais suficientes para levar a uma busca sistemática, amparada por financiamentos, leis e decretos. A Bahia participou deste momento da história nacional pois foi detectado em algumas regiões – das quais o sul, sobretudo o entorno da vila de Maraú, se destaca – reservas de carvão de pedra, xisto, turfa etc. Muitos brasileiros vislumbraram esta necessidade e oportunidade, solicitando diversas autorizações ao governo e mantendo com a Câmara de Maraú numerosa correspondência reveladoras de como todo este processo se dava. Além deles, também muitos estrangeiros, dentre os quais os ingleses são dignos de nota, se interessaram pela exploração. Assim surge a Usina da Companhia Internacional de Maraú, fruto da concessão imperial inicial a Edward Pellew e do empreendedorismo de homens como John Grant, maior nome a ela ligado. Dialogando com uma farta documentação este artigo tematiza experiências de ingleses, migrantes e ex-escravos ao final do Oitocentos.

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