A linguagem cinematográfica “atravessando” o teatro de Jorge Andrade: A Moratória, Rasto Atrás e O Sumidouro

Antonio Ferreira

Resumo


Este texto tem como objetivo identificar – nas peças A Moratória (1954), Rasto Atrás (1966) e O Sumidouro (1969) – a presença da linguagem cinematográfica usada pelo dramaturgo Jorge Andrade (1922-1984) na construção destas três obras. No recorte proposto, além de analisar estas características dramatúrgicas, também vamos identificá-las nas encenações de Gianni Ratto (1916-2005) para A Moratória (1955) e Rasto Atrás (1967). Para a proposta deste trabalho, será utilizado o conceito de “teatro atravessado” de Christophe BIDENT (2016) que, assim, denomina as interferências, verificadas a partir da cena contemporânea, de outras linguagens artísticas, do uso de novas tecnologias e da adoção de espaços físicos não convencionais para a realização de apresentações teatrais.

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