USOS PROTOTÍPICOS PARA RESPOSTAS SIMPLES A PERGUNTAS POLARES NO DISCURSO DE SALA DE AULA

JOSÉ CARLOS LIMA DOS SANTOS

Resumo


Este artigo tem por objetivo evidenciar contextos prototípicos de uso de resposta simples a perguntas polares que desempenham sequência de atividades dos coparticipantes (professor-aluno) no discurso de sala de aula. Tem por base os estudos oriundos do Funcionalismo Linguístico, os quais assinalam que há evidências de interação na implementação estratégica de unidades linguísticas como recursos para a formulação de perguntas e respostas. Estas podem variar a depender de alguns aspectos , a saber: i) a estrutura da questão; ii) as pressuposições epistêmicas codificadas na questão; iii) o lugar da questão em relação a sequência de turnos ou atividades desenvolvidas. É mostrado que cada resposta tem uma função prototípica baseada nos contextos de interação das atividades discursivas desenvolvidas no ambiente se sala de aula. Em análise aos dados, os quais fazem parte do corpus intitulado O estudo da interação discursiva em sala de aula, constituído de aulas gravadas em cursos de graduação, por meio de um mapeamento qualitativo e de uma distribuição de frequência dos contextos de interação em que professor ou aluno fazem uso do par pergunta-resposta, observou-se que as formas [+prototípicas] de uso de resposta para perguntas polares são a repetição, genuinamente, do verbo finito e resposta de “sim” ou “não”. O traço de [-prototipicidade] foi verificado em resposta que repete a pergunta em sua totalidade.

Palavras-chave


Prototipicidade. Par pergunta-resposta. Sala de aula.

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