“MEMÓRIAS PÓSTUMAS" E "MEMÓRIAS APÓSTUMAS": A ESTÉTICA DA RELAÇÃO NAS NARRATIVAS DE MACHADO DE ASSIS E UANHENGA XITU

Simone Ribeiro Conceição

Resumo


Ao definir, como “memórias apóstumas”, sua obra intitulada O Ministro (1989), Uanhenga Xitu faz uso de intertextualidade denotadora da relação entre a narrativa angolana e as célebres memórias póstumas machadianas. A partir de uma leitura comparada, o presente estudo analisa o episódio intertextual como representativo do contato e troca entre as culturas do caos-mundo, destacado por Èdouard Glissant. Com base no pensamento deste teórico, o intencional diálogo da obra angolana com a obra brasileira permite analisar a troca de referências e influências existente entre as literaturas escritas em Angola e Brasil, espaços pós-coloniais que, no curso da história, estabeleceram uma estética da Relação visível na produção literária e proveitosa para que o estudo das obras literárias africanas auxilie no conhecimento da matriz cultural africana e história angolana.

Palavras-chave


Estética da Relação. Caos-mundo. Literatura Comparada.

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