SOB O SIGNO DA MARGINALIDADE: SAMUEL RAWET E O VAGABUNDO

Débora Magalhães Cunha Rodrigues

Resumo


RESUMO: Samuel Rawet foi engenheiro de formação e dedicou-se à ficção sem grandes expectativas financeiras. Porém, obteve reconhecimento em ambas empreitadas, participando da equipe de Oscar Niemayer como calculista de concreto armado e como ficcionista foi recebido inicialmente com distinção pela crítica. Perseguiu em suas construções ficcionais e ensaísticas a figura do vagabundo, paralelamente a isto edificou uma imagem de escritor que ficaria sobretudo conhecida pelo ar arredio e isolado. A proposta deste artigo é discutir algumas questões sobre Rawet e a formação do cânone marginal, a partir das considerações de Paulo Roberto Tonani do Patrocínio em Escritos à margem. Atualmente, com nossos olhares voltados também para o que se produz nas periferias, atentamos para escritores precursores que podem ter viabilizado o marginal como projeto literário. Sendo assim, pretendemos relacionar o aspecto estético e literário da obra de Samuel Rawet à uma forma peculiar de enunciação ética, que pode contribuir para repensarmos a construção do discurso sobre as minorias.

Palavras-chave


Samuel Rawet; cânone marginal; literatura marginal

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