O SENHOR DAS MOSCAS: A PROXIMIDADE ENTRE O ROMANCE E DUAS ADAPTAÇÕES CINEMATOGRÁFICAS

Amanda Arruda Venci, Marcia Regina Becker

Resumo


Este artigo visa a discutir a noção de fidelidade em relação ao texto fonte a partir do romance O Senhor das Moscas (1954), escrito por William Golding, e duas adaptações cinematográficas: a primeira, de 1963, com a direção de Peter Brook, e outra de 1990, dirigida por Harry Hook. O conceito de intertextualidade, cunhado por Julia Kristeva (1969), contribuiu para desmistificar a concepção de originalidade, substituindo-a pela ideia de interação dialética. Segundo a autora, todo texto absorve e transforma outro, isto é, a linguagem poética se lê como dupla. Genette (2010), então, propôs o termo transtextualidade, dividindo-o em cinco categorias. A última, hipertextualidade, nos interessa: refere-se à relação entre um texto – ao transformar, elaborar ou estender – e um texto anterior. Com base no conceito proposto por Genette, e no estudo de Robert Stam (2006) a respeito da adaptação em termos de uma prática intertextual, busca-se contribuir com a discussão a partir da análise dessas duas adaptações cinematográficas, que tiveram recepções bastante diferentes.

Palavras-chave


Fidelidade; Intertextualidade; Transposição Midiática

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