O princípio da arbitrariedade e a referência em Ferdinand de Saussure

Stefania Montes Henriques

Resumo


Em 1937, Édouard Pichon publica o artigo “La Linguistique em France: problèmes et méthodes”, no qual acredita denunciar um erro nas formulações saussurianas sobre o arbitrário linguístico. Dois anos mais tarde, Émile Benveniste (1939) publica um artigo semelhante ao de Pichon (1937), intitulado “La Nature du signe linguistique”. Em resposta a estes dois trabalhos, Charles Bally publica em 1940, o artigo “L’arbitraire du signe – Valeur et signification”, no qual apresenta contra-argumentos em defesa do arbitrário saussuriano. É plausível afirmar que os argumentos de Pichon (1937) e Benveniste (1937) retomam a questão da referência na linguagem e, por tal motivo, pretendemos analisar este debate sobre o arbitrário linguístico à luz do manuscrito saussuriano “Notes Item. Sôme et Sème”, no qual Saussure explicita o fenômeno da onímica e as especificidades dos nomes próprios e geográficos, que seriam categorias linguísticas que estabelecem uma relação com o objeto físico. 


Palavras-chave


manuscritos; arbitrariedade; Saussure;

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