UMA POÉTICA DO INUMANO: MICROESFERAS INSULARES
Resumo
O ensaio aborda o gênero de horror no cinema e na literatura, para pensar o corpo mecânico feminino como corpo-inumano, sintoma necessário para experienciar-se como outro. Analisam-se produções de Bioy Casares e Tarkovski, em cujas ilhas, além da expressão do corpo como espaço de outra vida, questiona-se, mediante a imaginação, o corpo impossível e inumano. Demonstra-se como, nesses autores, há uma constante remissão a experiências reprimidas, que não podem ser ajustadas à realidade nossa cotidiana, e que, conduzindo ao êxtase e ao medo, revelam-se fundamentais para pensar-se o inumano nas artes, como dimensão que se configura aquém ou além da racionalidade.
Palavras-chave
corpo; inumano; imagem; cinema; literatura
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