O devaneio de Lol em Le ravissement de Lol.V. Stein de Marguerite Duras

Maria Cristina Vianna Kuntz

Resumo


Ainda hoje, 16 anos após seu desaparecimento, Marguerite Duras é lembrada por sua obra controversa, seu rosto “devastado” sua voz rouca e grave, seus filmes herméticos e intraduzíveis. Sua obra denuncia a submissão da mulher, o mais profundo de sua alma, seu vazio, seus mais íntimos desejos. Afastando-se do ponto de vista realista, ela alcança uma escritura lacunar, hesitante, sugestiva, porque é impossível contar o “inominável”. Dentre todos os romances, é em Le ravissement de Lol V. Stein, publicado em 1964, que o “estilo” durassiano atinge a “admirável maturidade” (ARMEL, 2011, p.51). Sob uma intriga aparentemente simples, um triângulo amoroso, a autora esconde em sua escrita fragmentária um significado e uma beleza maior a serem desvendados. O devaneio da protagonista no campo de centeio constitui o momento revelador por excelência deste romance. Neste trabalho examinaremos esse momento da narração procurando mostrar sua poeticidade e a natureza do “canto” durassiano. 


Palavras-chave


Literatura Contemporânea; Duras; devaneio

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