“MINEIRINHO”: UM GRITO MARGINAL
Resumo
A proposta do presente trabalho é efetuar uma leitura demonstrando o olhar diferenciado de Clarice Lispector em relação aos criminosos, seres duplamente marginalizados, utilizando como corpus o conto “Mineirinho” (1969) no qual a escritora tece considerações em relação a morte do “bandido” conhecido por referida alcunha. Contextualizaremos, de forma breve, a experiência de Lispector enquanto estudante de direito, trazendo, em sequência, conceitos como bios, lócus e subalternidade, bem como teorias que ofereçam suporte a leitura pretendida, tais quais a literatura comparada e a crítica biográfica fronteiriça. A sustentação teórica será embasada por teóricos e biógrafos como: Edgar Cézar Nolasco (2015), Eneida Maria de Souza (2011), Walter Mignolo (2015), Boaventura de Sousa Santos (2009) e Jacques Derrida (2010). Algumas das obras utilizadas, dentre outras mais, que dialogam com o recorte epistemológico proposto, são: CADERNOS DE ESTUDOS CULTURAIS, Crítica cult (2002), Janelas indiscretas (2011), Epistemologias do Sul (2009).
Palavras-chave
Clarice Lispector; Direito; Crítica biográfica fronteiriça.