A VIDA É UM ETERNO AMANHÃ: AUTOFICÇÃO E DESCENTRAMENTO NA CRÔNICA DE JOÃO UBALDO RIBEIRO

Débora da Silva Chaves Gonçalves, Fernanda Aquino Sylvestre

Resumo


Este artigo propõe um passeio pela crônica “A vida é um eterno amanhã”, de João Ubaldo Ribeiro, com a intenção de analisar a visão que o autor tem de si no desenvolvimento da crônica e como essa visão é modificada ao alcançar o leitor através de uma troca entre ele e o autor. Nessa narrativa, o cronista apresenta uma de suas experiências durante sua estada em Berlim, na Alemanha e usa trocadilhos do idioma e da tradução brasileira do termo “amanhã” numa tentativa de representar os vários significados possíveis por trás da palavra. Sendo assim, lançamos mão de conceitos de representação e identidade para exprimir a constante remissão ao descentramento da vida cotidiana, a fim de questionar a autoficção como um processo identitário e como uma revisitação do sujeito ao lugar do outro.

Palavras-chave


Autoficção; crônica; João Ubaldo Ribeiro.

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