A CONSTRUÇÃO [V-NÃO] EM TRADUÇÕES DA LIBRAS PARA O PORTUGUÊS ESCRITO: UMA ABORDAGEM DIASSISTÊMICA

Roberto Freitas Jr, Ruan Souza Diniz

Resumo


A partir de análises de traduções convergentes e divergentes da língua brasileira de sinais (libras) para o português brasileiro na modalidade escrita da construção [V-NÃO], o presente artigo visa a compreender o funcionamento da gramática em contextos multilíngues, evidenciando os pressupostos teóricos da Gramática de Construções Diassistêmica (HÖDER, 2012, 2014a, 2014b e 2021 e BOAS E HÖDER, 2018). Os textos analisados são extraídos das legendas de vídeos da TV INES e sugerem a existência de traduções convergentes, parcialmente convergentes e divergentes. Essas classificações se dão mediante a relação entre forma e função das construções em dado contexto de uso. Depreende-se, por fim, que quanto menos entrincheiradas estão as construções e quanto mais idiossincráticas são, maiores são as chances de divergências na tradução. Também, percebe-se que divergências na tradução podem indicar que idioconstruções ainda estão em processo de entrincheiramento e reorganização no constructicon do multilíngue e a frequente ocorrência de determinados padrões em textos traduzidos não significa que a tradução seja convergente. Esta é uma pesquisa teórico-empírica de cunho qualitativo e, portanto, apresentamos ao final uma discussão, de base qualitativa, sobre algumas traduções específicas observadas na pesquisa.

Palavras-chave


Gramática de Construções Diassistêmica. Libras. Contato Linguístico.

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