O TÚNEL, DE ERNESTO SABATO: uma representação da paranóia científica

Margarete Varela Centeno Hülsendeger

Resumo


O escritor argentino Ernesto Sabato (1911-2011) escreveu diversos textos ensaísticos e três romances. Nessas obras, ele traça uma linha divisória entre a ciência e a literatura, vendo-as como duas áreas do conhecimento incompatíveis e, portanto, excludentes. Enquanto ele idealiza a literatura considerando-a como o único caminho para a salvação do homem, a ciência é vista como uma torre de marfim onde apenas o acúmulo de poder importa. Em El túnel, seu primeiro livro de ficção (1948), essa problemática já estão presentes, em especial, na forma como o autor compõem seus personagens. Portanto, neste artigo o objetivo foi analisar como os personagens foram construídos na elaboração de El túnel, procurando estabelecer pontos de contato com suas concepções sobre ciência e literatura. Para fundamentar essa análise são utilizados como referência, além de parte de sua fortuna crítica, alguns dos ensaios escritos por Sabato.

Palavras-chave


Ernesto Sabato; literatura; ciência

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