PAULA TAVARES E ODETE SEMEDO: DUAS VOZES FEMININAS (IN)SUBMISSAS

Valci Vieira dos Santos

Resumo


Paula Tavares, angolana, e Odete Semedo, guineense, são duas escritoras que têm retratado a africanidade de seu povo com maestria. Ambas têm construído, de forma indubitável, literaturas que se situam no âmbito do feminismo, mas também do feminino. Seus projetos literários fazem ecoar e ressoar vozes que chamam a atenção de seus leitores para o cotidiano multicultural de duas nações, de cujos espaços sociais, políticos e culturais, emergem reflexões sobre guerras, tradições, a condição da mulher, investidas de antigos colonizadores que insistem em apagar a memória de suas terras, num ataque frontal à identidade e à cidadania de seus povos. Tavares e Semedo são, dessa forma, duas vozes transgressoras, insubmissas, que lutam contra forças que tentam, historicamente, fazer calar seus cantos libertários. Nesse sentido, o trabalho objetiva refletir sobre estas questões, as quais desfilam com desenvoltura por entre os fios que entretecem os seus textos literários. O corpus literário, a ser analisado, se constituirá de poemas das duas poetas. A título de suporte teórico, lançaremos mão de nomes significativos, tais como: Wladimir Krysinski (2007) e Carlos Felipe Moisés (2012); Stuart Hall (2002;2003) e Homi K. Bhabha (2010); Frantz Fanon (2020).

Palavras-chave


Paula Tavares; Odete Semedo; vozes femininas (in)submissas

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