BEBEU, PERDEU: AS RELAÇÕES HIPOTÁTICAS EM SLOGANS COMPOSTOS POR ORAÇÕES JUSTAPOSTAS
Resumo
Apresenta-se, neste artigo, a justaposição como um procedimento sintático assim como a coordenação e a subordinação são. As orações justapostas, ainda não contempladas nas descrições propostas pelas gramáticas tradicionais, têm se mostrado muito presentes em alguns gêneros textuais contemporâneos devido a sua simplicidade estrutural e evidente expressividade. Assim, a fim de investigar esse fenômeno linguístico, buscou-se analisar sintática e semanticamente essas estruturas em mídias impressas, já que estas configuram contextos reais de comunicação. Para alcançar tal objetivo, foram observadas orações justapostas extraídas de um corpus constituído por slogans de propagandas cadastradas na Associação Brasileira das Agências de Publicidade (ABAP). A base teórica empregada parte das contribuições de autores funcionalistas, tais como Mann & Thompson (1988), Decat (1999), Moura Neves (2013), Rodrigues e Gonçalves (2015) e dos trabalhos de Azeredo (1990; 2000), Halliday (1985), no que se refere à revisão dos conteúdos circunstanciais das orações. Desse modo, a partir da análise dos dados, considerou-se que a justaposição apresenta-se como uma estratégia sintática frequente em propagandas e que estas podem veicular tanto as relações proposicionais do grupo de causalidade, quanto as do grupo de condicionalidade. Ademais, destaca-se a contribuição da distribuição das proposições relacionais em quatro grupos para fins educacionais.
Palavras-chave
Justaposição; Funcionalismo; Relações proposicionais.