ANÁLISE QUALITATIVA E QUANTITATIVA DE PRODUTOS DE CONFEITARIAS COMERCIALIZADOS NA REGIÃO DA BAIXADA FLUMINENSE, ESTADO DO RIO DE JANEIRO, BRASIL, QUANTO À POLUIÇÃO POR STAPHYLOCOCCUS AUREUS
Resumo
As coberturas cremosas contidas em pães doces elaborados por padarias ou confeitarias são excelentes meios de cultura para vários gêneros e espécies bacterianas e podem causar doenças de origem alimentar. Com o objetivo de avaliar a qualidade microbiológica deste tipo de produto, foram adquiridas 40 unidades de pães doces, a base de creme, em diferentes pontos de venda das cidades da região da Baixada Fluminense, estado do Rio de Janeiro. O trabalho foi realizado no Laboratório de Pesquisa em Doenças Parasitáriasdo UNIABEU Centro Universitário. Em um tubo de ensaio com tampa de rosca, contendo 9 ml de solução salina estéril e 15 pérolas de vidro, adicionou-se um grama da cobertura cremosa da parte superior do pão doce. Agitou-se vigorosamente até se obter uma suspensão homogênea e a partir dessa diluição (1/10) prepararam-se diluições múltiplas de 10 (1/100, 1/1000 e 1/10000). Aliquotas de 0,1 ml de cada diluição foram semeadas em superfície de ágar hipertônico manitol contidos em placas de Petri. Incubou-se em estufa bacteriológica (37oC) por 24 horas. Amostras de colônias idênticas foram reconhecidas como Staphylococcus aureus por caracteres morfotintoriais (cocos Gram positivos aglomerados), fermentadores de manitol, provas de catalase, de coagulase em tubo e desoxirribonuclease positivas. Para calcular o número de unidades formadoras de colônias (UFC) por grama da amostra, a contagem foi efetuada na diluição semeada na placa que apresentasse um número de colônias entre 30 e 50 e, para o cálculo final, multiplicou-se o número de colônias pelo título da diluição vezes 10 e expressou-se o número de UFC por grama da cobertura cremosa. Entre as 40 amostras examinadas, três apresentaram um número de UFC (103) acima do padrão microbiológico para produtos de confeitaria estabelecido pela Resolução RDC no 12 de 02 de janeiro de 2001 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. A presença de S. aureus em pães doces demonstra falha de higiene na manipulação e conservação destes, e representa risco de saúde por toxinfecção alimentar para os consumidores.