RELIGIOSIDADES AFRICANAS EM TEMPOS DE ESCRAVIDÃO: BATUQUES E CANDOMBLÉS NO RECÔNCAVO DO RIO DE JANEIRO, SÉCULO XIX

Eduardo Possidonio, Nielson Rosa Bezerra

Resumo


O presente trabalho se propõe a analisar as práticas religiosas de matriz africana que ocorriam nas freguesias do Recôncavo do Rio de Janeiro ao longo do século XIX, e como tais práticas serviram de instrumento no intenso diálogo ocorrido entre as mais diversas Áfricas que se encontravam nas fazendas da região, servindo de base para a construção do que compreendemos hoje como candomblé. Outro ponto importante será perceber como esses costumes religiosos negros estavam fortemente associadas a rebeliões da escravaria, e como líderes religiosos foram responsáveis não somente por propagarem os conhecimentos adquiridos em solo africano no campo do sagrado, como também ajudavam a alimentar esse cenário de religiosidade e medo que pairava sobre a mente de senhores de escravos da região. A base dessa propagação religiosa, foi o complexo religioso oriundo das regiões da África Centro-Ocidental, tendo em vista o forte contingente populacional de africanos dessas procedências que compunham as escravarias do Recôncavo.

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