A complexidade da conversão do oral para o escrito no interrogatório policial em Moçambique - estudo de caso

Alexandre Timbane

Resumo


Os juízes, o ministério público e os advogados dependem do trabalho previamente executado pelos agentes de polícia na apuração e indiciamento de sujeitos. Esse trabalho precisa ser bem elaborado de forma a não criar nuanças nas fases posteriores. A presente pesquisa resulta da problemática que os oficiais da polícia têm na conversão de informações orais em texto escrito comumente designado por auto. Sendo assim, levantou-se a seguinte questão: quais as técnicas usadas para converter o que é falado em uma ou mais horas em uma redação de folhas de papel? O objetivo geral é de analisar linguisticamente as estratégias de conversão do depoimento oral em escrito. Analisando sete autos e sete transcrições de depoimentos se concluiu que na conversão há redução de ideias e de léxico usado pelos declarantes. Há redução de marcas linguísticas características da oralidade, mas que não levam à perda de algumas propriedades características da oralidade. Conclui-se ainda que há necessidade de se introduzir a Linguística Forense na formação policial de forma a preparar melhor os futuros policiais.

Palavras-chave


Interrogatório policial. Conversão oral/escrito. Autos.

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