TRANSITIVIDADE DO VERBO IR – DIVERGÊNCIAS ENTRE GRAMÁTICOS E NOMENCLATURA GRAMATICAL BRASILEIRA (NGB) E APRESENTAÇÃO DESSE CONTEÚDO EM LIVROS DIDÁTICOS E GRAMÁTICAS PEDAGÓGICAS
Resumo
Mesmo 56 anos após a publicação da NGB, ainda nos deparamos com múltiplas divergências de nomenclatura gramatical entre autores/gramáticos. Uma delas está relacionada com a transitividade do verbo “ir”. Este artigo objetiva comprovar a existência dessas divergências nas obras de alguns autores/gramáticos. Para tanto, conceituamos certos fenômenos e termos gramaticais, como predicação verbal, regência do verbo “ir” e natureza dos complementos verbais e do adjunto adverbial, para orientar melhor os leitores. Como metodologia, foram analisados livros didáticos e gramáticas pedagógicas com a finalidade de observarmos como seus autores assumiram essas divergências ligadas à transitividade do verbo “ir” ao apresentarem esse conteúdo em suas obras. Mediante análise e discussão dos dados, obtivemos como resultado a constatação da falta de consenso entre os estudiosos quanto à transitividade do verbo “ir”, principalmente no que tange à natureza e à nomenclatura de seu complemento. Concluiu-se que a mesma discrepância de opiniões existente entre gramáticos tradicionais acerca da transitividade do verbo se faz presente também entre os livros didáticos analisados neste estudo. Quanto às gramáticas pedagógicas analisadas, percebeu-se que seus autores são unânimes quanto à transitividade do verbo “ir”, no que diz respeito à classificação e natureza do termo que o acompanha no predicado.