A SUBALTERNIDADE COMO HERÓI EM HISTÓRIAS DA LITERATURA LATINO-AMERICANA

Amanda da Silva Oliveira

Resumo


Na definição de David Perkins, que defende a narratividade em histórias da literatura, o historiador deve encontrar um herói, que conduzirá a linha do tempo dos eventos a serem narrados, de ascensão ou declínio, causa e efeito, das historias da literatura. Nessa premissa, a partir da leitura de Ángel Rama, em La Ciudad Letrada, percebe-se que a necessidade de um grupo letrado que desse a América ares de civilização, na separação da barbárie local/ do estrangeiro europeu, evidencia que poucos eram os que poderia pertencer a uma identidade latino-americana. Nesse sentido, evidencia-se que os povos locais, na confusa relação entre suas identidades e dialetos e a importada cultura e língua espanholas ora impostas pelo dominador, não podem ser identificados como latino-americanos, uma vez que não estão presentes, através de seus analfabetismos, na cidade letrada pregada pelos intelectuais da época. Dessa forma, o presente texto busca identificar este cenário e analisar o fenômeno, evidenciando que a subalternidade de cultura e língua do dominador configura-se como herói de uma história da cultura latino-americana, desde o processo de colonização, e como o povo marginalizado pôde usar essa língua estrangeira como também seu discurso de fala, questionando o cânone oficial.

Palavras-chave


Subalternidade, Literatura Latino-americana, teorias da história da literatura

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