AS RELAÇÕES DE PODER EM CHÃO BRUTO E SÃO BERNARDO: UMA LEITURA COMPARATIVA

Jesuino Arvelino Pinto, Vera Lúcia da Rocha Maquêa

Resumo


Este trabalho objetiva analisar como se processa a elaboração em Chão Bruto e São Bernardo, embasando-se na teoria comparatista, em conceitos como: repertório, sobrevivência da forma, imperialismo, múltiplas fronteiras, identidade plural, comunitarismo cultural, propostos por Abdala Junior (2012), e nas discussões de Mata (2013) acerca da “literatura mundo”. As obras são consideradas regionais, neorrealistas e literaturas de cunho social, porém almejam o geral a partir de um lócus enunciativo, por onde os sujeitos da enunciação acessam o mundo, é a partir da experiência histórica que se configura a dialética entre local e geral, visando não mais reafirmar a construção de uma identidade, mas reconhecer uma “cor local” que não se limita em um espaço, realçando a vulnerabilidade das fronteiras e a multiplicidade dos sertões. Nestas narrativas, o diálogo entre ficção e realidade e a presença de um herói coletivo problemático confirmam o conflito social como base da estruturação romanesca.

Palavras-chave


Comparatismo. Graciliano Ramos. Hernâni Donato. Literatura Social.

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