DA INFÂNCIA BRUTA: DUAS MENINAS EM LARVA

Danielle Cristina Mendes Pereira

Resumo


O artigo versa sobre os lugares simbólicos da violência, em suas associações ao topos da infância, em Larva (2015), de Verena Cavalcante, apresentado como um livro de contos de horror, narrado por crianças. Para tanto, analisaremos dois contos presentes na obra, o homônimo “Larva” e “Ralo”, ambos com vozes narrativas autodiegéticas infantis e femininas, as quais relatam experiências traumáticas. Pretendemos discutir como se articulam nos textos estratégias estéticas específicas que reelaboram visões estabelecidas pela doxa acerca da experiência infantil, realocando-a em lugares, propositalmente, desconfortáveis e inesperados, em uma organização que problematiza tanto a noção de infância, quanto a de narrativa de horror. Em nossa análise, tentaremos entender como os modos de figuração simbólica das vivências da infância na narrativa atrelam-se a uma poética de experimentação artística, inscrita no cenário da pós-modernidade.

Palavras-chave


Infância; Horror; Literatura Contemporânea.

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