UMA LITERATURA EM DIREÇÃO ÀS RUÍNAS: AS TRAGÉDIAS DE MICHEL LAUB

Felicio Laurindo Dias

Resumo


Este artigo tem como base o estudo da ficção contemporânea com fins de repensar algumas questões em aberto das teorias do trágico e da tragédia diante das novas composições do romance hoje e da diversidade teórica nos âmbitos das ciências humanas. Nas obras de Michel Laub, cujos temas giram em torno das tragédias pessoais e históricas de sujeitos banais, eventos traumáticos da história trazem uma reflexão crítica sobre a condição trágica do ser no mundo. Analisaremos como Diário da queda, junto a outras obras de Laub, lançam um olhar trágico sobre a história não só fixando a necessidade de se repensar as noções do trágico e da tragédia, mas também a própria reflexão sobre a leitura da história. O diálogo teórico estabelecido com as proposições de Walter Benjamin, Terry Eagleton e Eric Hobsbawm nos ajudam a resgatar o trágico a partir de um olhar ruinado e fragmentado da história. Já a obra de Raymond Williams, em Tragédia Moderna, nos guia teoricamente a outras possibilidades para a ideia de tragédia, especificamente em relação à história. Assim, as convulsões da história reelaboradas pelos narradores de Michel Laub nos guiam ao ponto fulcral da nossa discussão: a trágica experiencia de se narrar as tragédias do contemporâneo.

Palavras-chave


Literatura brasileira contemporânea; Michel Laub; Trágico; Tragédia.

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