O STATUS REPRESENTACIONAL DE SINTAGMAS NOMINAIS DO PB NO CONSTRUCTICON DE L2 DE CRIANÇAS SURDAS
Resumo
Neste artigo, discutimos a representação variável do sintagma nominal (SN) do PB em produções escritas de crianças surdas de primeira geração. Para tanto, analisamos o fenômeno de apagamentos de itens lexicais e gramaticais (FREITAS et al, 2018; NASCIMENTO et al, 2019;
NASCIMENTO, 2020; SOARES & NASCIMENTO, inédito), quando ocorre em algum slot do padrão [ESPECIFICADOR + N + COMPLEMENTIZADOR]. Utilizamos os pressupostos teóricos da Gramática de Construções Baseada no Uso (GOLDBERG, 2006; BYBEE, 2016; HILPERT, 2014;
PEREK, 2015) e da teoria de aquisição de linguagem baseada no uso (TOMASELLO, 2003), a fim de construirmos uma análise cognitivo-funcional sobre a relação entre o uso da L2 e processos cognitivos
de domínio geral que operam no fortalecimento de relações intra e interconstrucionais no curso da aprendizagem. Os resultados demonstram que o padrão parece ainda não constituir um chunk saliente aos aprendizes em diferentes contextos morfossintáticos, dada a proeminência de apagamentos em SN com papéis participantes de sujeito, objeto direto e oblíquo. Evidencia-se, assim, a necessidade de
fortalecimentos do padrão em questão por meio de metodologias de ensino capazes de propiciar frequência de uso e contextos favoráveis ao direcionamento de processos cognitivos, a fim de que construções da L2 emerjam consistentemente e adquiram status representacional fortalecido.
NASCIMENTO, 2020; SOARES & NASCIMENTO, inédito), quando ocorre em algum slot do padrão [ESPECIFICADOR + N + COMPLEMENTIZADOR]. Utilizamos os pressupostos teóricos da Gramática de Construções Baseada no Uso (GOLDBERG, 2006; BYBEE, 2016; HILPERT, 2014;
PEREK, 2015) e da teoria de aquisição de linguagem baseada no uso (TOMASELLO, 2003), a fim de construirmos uma análise cognitivo-funcional sobre a relação entre o uso da L2 e processos cognitivos
de domínio geral que operam no fortalecimento de relações intra e interconstrucionais no curso da aprendizagem. Os resultados demonstram que o padrão parece ainda não constituir um chunk saliente aos aprendizes em diferentes contextos morfossintáticos, dada a proeminência de apagamentos em SN com papéis participantes de sujeito, objeto direto e oblíquo. Evidencia-se, assim, a necessidade de
fortalecimentos do padrão em questão por meio de metodologias de ensino capazes de propiciar frequência de uso e contextos favoráveis ao direcionamento de processos cognitivos, a fim de que construções da L2 emerjam consistentemente e adquiram status representacional fortalecido.
Palavras-chave
Aprendizes surdos; Aquisição de Linguagem; Sintagma Nominal.