A PERÍFRASE VERBO-NOMINAL NO PORTUGUÊS BRASILEIRO: UM ESTUDO DA VARIAÇÃO POR PADRÃO DISCURSIVO ENTRE CONSTRUÇÕES COM O VERBO-SUPORTE “DAR”

Pâmela Fagundes Travassos

Resumo


O artigo versa sobre a variação por padrão/paradigma discursivo entre construções com verbo-suporte do tipo [DAR (uma/a/sua) X-ada] e [DAR (uma/a) X-ida], como: “dar (a) partida”, “dar (a/uma) saída”, “dar (a/uma/sua) arrancada”, “dar (a) largada”, “dar (uma) começada”, “dar uma iniciada” e “dar (a/uma) entrada”. Objetivamos observar o grau de instabilidade dessas perífrases verbo-nominais e averiguar a relação entre variação e padrão/paradigma discursivo. Acreditamos que o significado de algumas construções é mais estável do que o de outras, em função de sua associação a um contexto particular/ “domínio de aplicação”. Os dados foram retirados do Google (diversos domínios discursivos) e submetidos a uma análise quantitativa e qualitativa. Para tanto, baseamo-nos nos pressupostos teóricos da Linguística Funcional, da Sociolinguística e da Gramática de Construções (GOLDBERG, 1995, 2006; TRAUGOTT & TROUSDALE, 2013; MACHADO VIEIRA, 2016). A fim de verificar quais seriam as motivações para a variação e se haveria diferenças semânticas ou pragmáticas entre as construções, observamos a temática, o gênero textual, o tipo de ato de fala, o tipo de determinante e seu número, a concretude do complemento das perífrases verbo-nominais e a possibilidade de equivalência com verbo simples. Os resultados indicam que, embora todas as construções em análise indiquem aspecto inceptivo, há diferença entre elas a depender do contexto discursivo em que se encontram (padrão/paradigma discursivo).

Palavras-chave


Gramática de Construções. Variação por paradigma discursivo. Construções com verbo-suporte DAR.

Texto completo:

PDF


Locations of visitors to this page