DE PASSAGEM PELO PARAÍSO: RASTROS DE STEFAN ZWEIG

Douglas Rodrigues da Conceição

Resumo


Redigidas durante o exílio, algumas cartas de Stefan Zweig (1881-1942) guardam íntima relação com o Brasil - país que acolheu inúmeros exilados, país do poema a Canção do exílio, país onde o escritor austríaco escrevera sua ultima verba, datada de 22 de fevereiro de 1942. Neste artigo, tentaremos demostrar que algumas missivas de Zweig – sobretudo as que foram redigidas entre 1936 e 1942, portanto, marcadas pelos ventos do exílio –, podem ser vistas, a um só tempo, como escrituras que tracejam uma exaltação do “país do futuro”, isto em razão de uma particular percepção paradisíaca do Brasil, mas também como testemunho escrito do radical confronto do autor com a experiência da finitude. As perspectivas teórico-metodológicas são evocadas a partir de Edward Said, Maria José de Queiroz e Ana Pérez

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