MEMÓRIAS QUE IMPORTAM: LITERATURA, ARQUIVO E RESISTÊNCIA EM DESDE QUE O SAMBA É SAMBA, DE PAULO LINS

Paulo Cesar S. de Oliveira

Resumo


O artigo é uma análise preparatória do romance Desde que o samba é samba, de Paulo Lins (2012), em que se destacam o papel da memória, da literatura como arquivo e da narrativa ficcional como temas essenciais à reconfiguração do cânone e da historiografia literária nacional. Neste sentido, problematiza-se a cultura do samba e suas interlocuções com as religiões de matrizes africanas, bem como a emergência das camadas periféricas no Rio de Janeiro das primeiras décadas do século XX e seu papel na construção de uma ideia de identidade carioca e nacional. Os estudos de Marília Amorim, Mikhail Bakhtin, Renato Ortiz e Marilena Chauí, dentre outros, nos ajudam a pensar o problema da identidade e da memória na reconstrução da série histórica que pensa a modernidade e as movimentações modernistas em nosso país. Com isso, espera-se mostrar a relevância das artes periféricas na elaboração da ideia moderna de arte e literatura.

Palavras-chave


Literatura; Memória; Arquivo; Samba; Historiografia.

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