O USO DO CLÍTICO SE COM VERBOS NÃO ACIONAIS EM TEXTOS DE AUDIÊNCIAS PÚBLICAS

Cícero José da Silva, Denilson Pereira de Matos, Maria Soares de Araújo

Resumo


Este artigo tem como objetivo investigar o comportamento do clítico SE com verbos não acionais em textos escritos de audiências públicas, considerando aspectos funcionais como função clítica, grau de transitividade e relevo discursivo. Para isso, utilizamos o Corpus Brasileiro v. 2.3 da Linguateca, acessível através do portal https://www.linguateca.pt. Deste corpus, retiramos exemplos de textos escritos de audiências públicas para analisarmos o comportamento do clítico SE com verbos não acionais, com o intuito de elaborar o panorama funcional deste uso linguístico. Como amparo teórico deste trabalho, baseamo-nos em estudiosos como Camacho (2003), Castilho (2014), Furtado da Cunha e Souza (2011), Givón (1995/2001), dentre outros, que entendem o uso da gramática como sistema adaptativo e o uso do texto como lugar concreto onde a língua se realiza e se atualiza. Na análise qualitativa dos dados, evidenciamos estratégias gramaticais e discursivas que envolvem o uso da língua para alcançar objetivos comunicativos, tais como uso de clíticos com verbos não acionais (excluindo os verbos acionais), o emprego de verbos de transitividade baixa e não transitividade alta, a escolha de relevo de fundo e não de figura.

Palavras-chave


Uso Linguístico. Clítico Se. Relevo Discursivo

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