O IMPRÓPRIO DO NOME PRÓPRIO NA ROLIÚDE BRASILEIRA
Resumo
Neste artigo, mediante a análise de um website no qual futuros pais discutem e pedem sugestões acerca do nome de seus filhos, busco compreender as razões que levam esses indivíduos a optarem por nomes que derivam ou que possuem em sua grafia traços da língua inglesa. Percebe-se que esses nomes podem ser agrupados em três diferentes categorias: (i) nomes oriundos de países de língua inglesa que mantém a grafia do inglês; (ii) nomes que não são, mas parecem derivar do inglês por conta da ortografia adotada e (iii) nomes de origem inglesa que são adaptados à ortografia do português. A análise aponta para o fato de que a escolha de um nome próprio derivado da língua inglesa pode estar relacionada ao desejo de mudança do status quo. No entanto, ao adotarem esses nomes para seus filhos, brasileiros transformam e transcendem o inglês, desenraizando-o de sua americanidade e tornando-o uma língua "bastarda adaptada às distorções que as culturas lhes infligem" (Ortiz, 2003, p. 192).
Palavras-chave: nome próprio; língua inglesa; estrangeirismos