As estratégias de construção narrativa do Realismo Maravilhoso a serviço da fabricação das identidades moçambicanas: apropriações e trânsitos culturais

Flavio Garcia

Resumo


A literatura realista maravilhosa não se pode restringir à América Hispânica, senão que se tratar de um processo de construção narrativa. Verificando proximidades entre as histórias da América Espanhola, é fácil sugerir que autores africanos apropriem-se de estratégias narrativas realista-maravilhosas. Essa opção pode ser vista como vertente de literatura contra-hegemônica, contra-metropolitana, mesmo veiculada na língua do colonizador, pois língua de unidade nacional e expressão internacional. Corresponderia à expressão dos mirabilia autóctones, da América Hispânica ou da África Lusófona, amalgamando os sistemas literários real-naturalista e maravilhoso. É o que faz Mia Couto, especialmente, em sua narrativas de curta ou média extensão, a servição da fabricação das identidades moçambicanas.


Palavras-chave


Mia Couto; Identidades Moçambicanas; Apropriações e Trânsitos Culturais; Narratologia Semiológica; Narrativa Realista Maravilhosa.

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