A COMUNIDADE COMO VALOR: DE ARISTÓTELES À PÓS-MODERNIDADE

Rosaly Stange Azevedo, João Maurício Adeodato

Resumo


O presente estudo apresenta o pensamento comunitarista como uma alternativa interpretativa do ordenamento sociopolítico, que supere as limitações do estatismo e do privatismo na busca pela sociedade ideal. Objetiva realizar incursões no pensamento comunitarista ocidental, apresentando a tradição aristotélica como a primeira matriz do comunitarismo. Apresenta uma síntese sobre o dilema entre liberais e comunitários, centrando o debate no fato de, que enquanto os primeiros concebem a sociedade como composta por indivíduos com planos de vida baseados em suas próprias concepções do bem, sem um conceito comum, os segundos desenvolvem um vínculo de solidariedade com seus compatriotas baseado em um sentido de destino partilhado em que o próprio partilhar tem valor. Outrossim, o presente texto realiza uma análise do pensamento de Charles Taylor e Bauman acerca do conceito de comunidade. Conclui que a teoria comunitarista é um paradigma filosófico, cuja proposta é pela ruptura da doutrina liberal, a qual tem levado os indivíduos a possuírem uma concepção individualista do sentido de boa sociedade.

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