A QUESTÃO DO RECONHECIMENTO E DAS PATOLOGIAS SOCIAIS SEGUNDO AXEL HONNETH.

Raquel Elena Rinaldi Maciel

Resumo


O presente artigo tem o escopo de revelar ao leitor um entrecruzamento entre as esferas do reconhecimento, presentes na obra Luta por reconhecimento de Axel Honneth, bem o conceito de patologia social trabalhado em diversos artigos.
Por isso, será abordado o caminho trilhado por tal autor até revelar sua teoria do reconhecimento, formada por três etapas: o amor, o direito e a estima social, a fim de indicar ser possível encontrar, em tal teoria, um vínculo entre conflito e formação, sobretudo, mediante os conceitos de socialização e autorrealização.
Integrante da chamada terceira geração da escola de Frankfurt, Honneth retomará o pensamento hegeliano a partir de novos padrões conceituais explorando em sua teoria crítica, um tipo de conflito impulsionado por experiências de desrespeito que afetam a identidade pessoal ou coletiva, atribuindo ao conflito o papel de motor da interação social, conferindo-lhe também uma função de elemento formador da identidade humana na medida em que permite ao sujeito desenvolver positivamente uma autorrelação prática por meio de diferentes esferas do reconhecimento.
Posteriormente ao desenvolvimento da questão do reconhecimento, Honneth abordará o conceito das patologias sociais, pois é fundamentando o seu trabalho no reconhecimento que indicará que tais desrespeitos sofridos pelos indivíduos sociais de fato deixam marcas psíquicas, que podem evoluir a fim de se tornarem patologias sociais com efeitos ainda mais nefastos.
Por isso, no caminhar deste artigo, abordar-se-á a categoria de patologia social conforme o referencial de Axel Honneth, partindo justamente dos desrespeitos assinalados na obra Luta por reconhecimento; para, posteriormente, demonstrar de que forma o filósofo vem desenvolvendo o seu trabalho no que tange patologias sociais.
O presente artigo terá como marco teórico de Honneth, que assinala que os desrespeitos sofridos pelos indivíduos sociais são capazes de produzir marcas psíquicas, vindo a se tornar patologias sociais.

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